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24 de Abril de 2024

Uma polêmica não tão jurídica assim. O fim das "grid girls"

Uma realidade agressiva com as mulheres dentro e fora das pistas e que, pelo jeito, dificilmente minguará tão cedo.

Publicado por Renan Marins
há 6 anos

Adeus às modelos sobre a pista dos circuitos.

A nova proprietária da Fórmula 1, a Liberty Media, anunciou nesta quarta-feira o fim da tradicional presença destas jovens, escolhidas por seus físicos, antes das largadas de cada corrida.

A partir da temporada 2018, a F1 não terá mais a presença de grid girls durante os eventos oficiais. Apesar do diretor de marketing da categoria, Murray Barnett, negar a possibilidade já este ano, a F1 divulgou um comunicado de imprensa de surpresa para confirmar a decisão. Segundo o comunicado, a utilização do serviço das grid girls está fora do aceitável na sociedade atual.

O que Barnett havia defendido há algumas semanas era que as grid girls tivessem mais importância durante os eventos - e que não apenas ficassem em pé segurando placas. Mas Sean Bratches, diretor-comercial e um dos três homens fortes da F1, foi a público com o banimento mesmo assim.

Durante o curso do último ano, analisamos algumas áreas que sentimos necessidade de atualizar para ficarem mais próximas da nossa ideia para este maravilhoso esporte, disse Bratches.

"Enquanto a prática de empregar grid girls tem sido uma norma na F1 por décadas, sentimos que tal prática não ecoa nossos valores e claramente está em desacordo com as normas da sociedade atual. Não acreditamos que essa prática seja apropriada ou relevante para a F1 e seus fãs, velhos e novos, mundo afora", encerrou.
Esta decisão acontece após o surgimento e popularização do movimento #MeToo (#EuTambém), que incentivou mulheres do mundo todo a denunciarem casos de assédio e violência sexuais sofridos.
– Objeto sexual ou publicitário –
“Obrigado à Fórmula 1 por ter decidido acabar com o uso de ‘Grid Girls’. Mais um esporte faz uma clara escolha em relação ao que deseja representar”, comemorou a associação britânica de promoção do esporte feminino Women’s Sport Trust.

Certos universos masculinos como o esporte e o automobilismo sempre tiveram como hábito usar as mulheres para valorizar seus produtos”, lamentou Benomar.

“É preciso acabar com estas práticas que reduzem as mulheres a um objeto sexual ou publicitário”, completou.

A discussão de manter as jovens, que seguram painéis indicando o número do carro dos pilotos, foi lançada pelos novos proprietários da F1 há algumas semanas.

Muitas pessoas querem respeitar a tradição das ‘Grid Girls’, e outras não, havia dito. A decisão foi tomada e a segunda opção ganhou. Disse Ross Brawn O diretor esportivo da categoria.

Ao mesmo tempo em que as mulheres lutam por um espaço em diversas áreas profissionais, fica em evidência muitas das vezes a exploração da figura feminina, por ser esteticamente algo que encanta e chama a atenção .

Por outro lado, sensualizar exageradamente a figura feminina é sem dúvidas algo reprovável.

Acredito que a decisão toma rumos distintos, ao mesmo tempo em que afasta as mulheres de abusos diversos e exploração de sua imagem como figura feminina; manifesta o protagonismo machista ao dizer que "não ecoa nossos valores e claramente está em desacordo com as normas da sociedade atual", como se a categoria fosse apenas disponível as mulheres.

Quiçá um dia, quem sabe, algumas dessas desigualdades entre homens e mulheres sejam superadas, e quem sabe assim, poder ver uma mulher também ocupar o "pódium". Atualmente só Danica Patrick representa o gênero na Nascar

Além da F1, o banimento das grid girls também é válido para a categorias-satélite que acompanham o Mundial: F2 e GP3.

A temporada da F1 se inicia com o GP da Austrália, em 25 de março.

Referências:

https://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2018/01/31/formula-1-anuncia-fim-das-grid-girls-em-su...

https://veja.abril.com.br/esporte/formula-1-deixara-de-usar-grid-girls/

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/uma-polemica-nao-tao-juridica-assim-o-fim-das-grid-girls/540524413

62 Comentários

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Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)

Tem certas coisas que só mesmo o histerismo atual de um pseudo-feminismo, que se perde em si mesmo, pode nos trazer.

Alguém dizer que apenas Danica Patrick corre na Nascar e que isso seria uma desigualdade é uma das coisas mais tolas que alguém pode ler. Pra começar só alguém que vive em berço esplêndido pode ser piloto ... não há lugar para pobres. E talvez nem toda mulher rica curta automobilismo.

Negros mesmo só houveram dois Willy Theodore Ribbs Jr. e Lewis Hamilton (o 1º na F1).

Particularmente não vejo nada demais nessa tal "exploração" da imagem se ela não for algo que realmente seja agressiva ... como explorar uma mulher que passa fome, por exemplo.

Quer dizer que Marquezine & Cia estão lá só pelo talento? Ou quem sabe a grande maioria das atrizes hollywoodianas , tipo Scarlett Johansson.

E isso não se limita ao universo feminino, que o digam Cauã Reymond, Rodrigo Santoro ... só pra citar alguns nossos.

Será que a Victoria's Secret irá se valer de mulheres comuns nas suas passarelas? Ou será que Gisele Bündchen virou conceito de mulher comum? E desfilar de lingerie ... pode isso Arnado?

O que vejo nas grid girls são garotas que têm a chance de se tornarem modelos, de ter oportunidades que muitas não têm, mas que nem sempre significa que vão se deitar com um cara por isso. E se algum cara gritar "gracinhas"? Puna-se o cara e não a garota.

Sim! Há casos de assédio, tanto de iniciativa dos homens como das mulheres. Sim! Há pessoas que tomam um "atalho" que passa pela cama de pessoas ricas (neste caso há se avaliar inclusive namoros e casamentos onde o dinheiro é diferencial). Mas nem todas são assim ... e pensar diferente também é uma forma de estereotipá-las ou mesmo de pré-condená-las à distorções morais. continuar lendo

Gritar "gracinhas"?

Eu mesmo não me ofendi quando uma moça em um astra passou por mim gritando "isso tudo lá em casa iria fazer sucesso" ou as moças que diminuiram a velocidade do carro para conversar comigo em uma subida, em duas ocasiões nas quais eu estava andando de bicicleta, em uma época de boa forma física.

Nem sei como alguém pode se ofender com elogios. É o fim da picada mesmo, a novilingua está instalada e tem horas que parece que não haverá anti-vírus capaz de tira-la. continuar lendo

"Quer dizer que Marquezine & Cia estão lá só pelo talento? Ou quem sabe a grande maioria das atrizes hollywoodianas , tipo Scarlett Johansson."

São atrizes, não vivem apenas de expor a beleza física.
Claro que nesse mundão existem distorções das mais variadas, isso é fato inegável.
Claro que ninguém as obriga a se expor.
Eu apenas vejo problema no conceito que se cria, quando jovens e lindas mulheres são usadas para chamar a atenção sobre um produto, porque o primeiro produto que fica em exposição é ela mesmo - A mulher!
Algo parecido com "vamos chamar a atenção dos homens oferecendo algo que eles gostem". Isso é uma massagem no ego do já combatido "machismo".
Particularmente, sou contra tanto exagero feminista com o qual esse assunto é tratado hoje, mas com certeza, precisamos mudar muita cultura errada. continuar lendo

José Roberto, eu entendi o que o Amrpit Lover comentou. É claro que Bruna Marquezine e Scarlet Johansson não estão lá apenas por causa da beleza, mas com toda certeza, elas TAMBÉM estão lá por causa da beleza. Assim, como o Reinaldo Gianechini e o Hugh Jackman.

O que está me incomodando (e muito) é essa retirada da liberdade de mulheres adultas e capazes, de tomar as próprias decisões, além de uma certa demonização da beleza, do desejo sexual, da fascinação de um sexo pelo outro...!

Será que agora é errado um homem achar uma mulher bonita e atraente? É errado ele externar, de uma maneira respeitosa, é claro, seu encantamento e seu desejo? A interação entre nós deverá, no futuro, limitar-se as telas de smartphones, tablets e outros "gadgets"? Será que é realmente isso que a maioria da mulheres quer?

Com toda certeza, muitos abusos aconteceram no passado. No entanto, sob a justificativa de evita-los, vários outros estão começando a ser cometidos...! Radicalismo e autoritarismo nunca trouxeram uma boa solução para nossos problemas. continuar lendo

Perfeito!!!
Concordo plenamente com você, David! continuar lendo

O melhor de tudo é que elas não se calaram e deram a resposta ... segue a reportagem.

Vetadas na F-1
Grid-girls: 'Feministas acham que sabem o melhor para todas'

https://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2018/02/01/grid-girls-reclamam-de-veto-na-formula-1eatacam-criticos.htm continuar lendo

Por isso disse que sou contra os exageros.
Veja, David, que momento ímpar estamos vivendo.
De um lado, homens absolutamente machistas, folgados e que não respeitam mesmo a ninguém, não apenas às mulheres.
De outro lado, homens com comportamento que se pode considerar normal, que apreciam uma mulher por alguma qualidade, que fazem um elogio, que procuram se aproximar mesmo porque se isso não acontecer, acabam as relações homem/mulher.
Ainda em mais um lado, mulheres feministas extremas, que em tudo conseguem enxergar assédio. As vezes penso que são alérgicas ao sexo oposto, ou preferem mesmo outras mulheres e aí, somos a concorrência. Não dou muita atenção ao que dizem. Não são objetivas.
E as mulheres cujo comportamento podemos julgar como normal, que descartam os assédios numa boa, reagem se forem ultrapassados os limites, denunciam, se protegem, mas sabem ouvir com educação e gentiliza um elogio e sabem elogiar também, com a mesma classe.
Não existe um só tipo de mulher assim como não existe um só tipo de homem. Tomar todos por alguns, não é uma decisão sábia. Não nascemos em uma redoma de vidro, estamos no mundo e criar anticorpos faz parte do "viver".
Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza. - Estamos vivendo o ápice do sentido desse velho ditado, em relação às questões sexuais, mas o ser humano aprende por seus erros. Um dia, o sexo por sexo perderá seu valor e homens e mulheres passarão a serem mais iguais em tudo. continuar lendo

Scarlett Johansson definitivamente tem talento! Uma boa pedida para o fim de semana é Lucy (2014) que atende muito bem aos que gostam de ficar de boca aberta com um filme de ação ou o "Como não perder essa mulher" (2013) para quem curte um romance.

Mas quanto à atriz tupiniquim citada prefiro não comentar, logo deixo para que cada um tire as suas próprias conclusões.

Obs: quanto à brasileira, por favor, quem comentou não retire o nome dela dos respectivos comentários sob pena dela se tornar ex-citada! continuar lendo

Gostei da decisão. Se desejamos que as mulheres parem de ser vistas como objeto, comecemos por não expô-las como um.
Nada contra ter quem segure placas, mas que o objetivo sejam as placas. Então se torna um emprego comum para homens e mulheres, sem requisitos físicos especiais. continuar lendo

José Roberto, eu até entendo seu ponto de vista mas não posso deixar de questiona-lo: e a liberdade dessas meninas de decidir exercer uma atividade lícita e inofensiva?

Esse é o futuro pensado pelas geniais feministas do seculo XXI?! Um mundo onde mulheres são tratadas como verdadeiras moloides que não podem tomar suas próprias decisões e devem ser, permanentemente, tuteladas por um Estado-Babá? Não consigo imaginar nada mais autoritário e desrespeitoso a uma mulher...!

Tudo indica que as mulheres do seculo XXI, depois de terem livrado-se do jugo de pais e maridos, ficarão sob as botas de um Estado proto-facista que acredita saber o que é melhor para elas. E a iniciativa privada, que poderia continuar sendo um espaço de liberdade e responsabilidade, bovinamente, vai cedendo a mesma tentação autoritária e paternalista. continuar lendo

A beleza abre as portas e atrai as pessoas, todos gostamos do belo, a empresa só perde com isso. Eh escolha da empresa, errada , mas eh da empresa. continuar lendo

David:

A liberdade de decidir deve existir, mas o custo não pode ser uma cultura onde todas pagam por algumas. continuar lendo

José Roberto, pelo visto a liberdade tem um peso bem maior em minha escala de valores do que na sua. Se a atividade é licita e a mulher é adulta, emocionalmente madura e mentalmente sã, ela pode decidir, acabou!

Você tem todo direito de tentar convence-la a fazer ou não fazer algo mas nada além disso. Se ainda assim ela mantiver a decisão, a única coisa a fazer é lamentar e esperar (ou não) que um dia a mesma mude de ideia...! Isso é respeitar a liberdade de uma mulher, o resto é paternalismo barato. continuar lendo

Na verdade, David, para explicar a origem do meu ponto de vista melhor, quase daria um livro.
Mas entendo sua posição, com certeza. continuar lendo

Impecável o pensamento do @daviddevasconcelos .

Como disse o Sylvester Stallone ao vilão no filme "O Demolidor" (1993): “você não pode tirar o direito das pessoas de serem idiotas”.

Aliás, filme livremente inspirado no livro "Admirável mundo novo" de Aldous Huxley, mas totalmente fiel ao conceito.

Se um filme para os mais "pop" e um livro para os mais "cult"não são suficientes, que fique o dito popular: "de boas intenções o inferno está cheio!" continuar lendo

A mulher é livre, está lá por vontade e escolha própria... Qual o problema? "Ah, mas isto objetifica a mulher" Novamente, e daí?? Está lá por vontade própria, por LIVRE ESCOLHA. Será que ela pode escolher ou só é livre quando tiver de escolher o que os outros acham bom para ela?? continuar lendo

Até mesmo nossas escolhas devem estar limitadas em certos pontos, pensou se o fato de se ter uma casa noturna e dizer que as mulheres que vão lá trabalhar, não as forço a nada começar a colar? Ou ainda Fulano queria se matar, apenas dei uma corda e puxei a cadeira para ele, afinal ele queria certo?

Ao meu ver, existe a necessidade dela, e o outro vem explora-la por conta dessa necessidade para sair bem na fita e lucrar, isso deve sim ser proibido, oportunistas de plantão para se valer da necessidade financeira ou pessoal dos outros é o que não falta neste mundo. continuar lendo

@davidfont2016 o que não é proibido é permitido, então, se não há proibição legal das garotas estarem lá, não há motivos para saírem.

O seu primeiro parágrafo não faz sentido, pois já é proibido estimular o suicídio (e como citei acima, se não é proibido, então é permitido).

"oportunistas de plantão para se valer da necessidade financeira ou pessoal dos outros é o que não falta neste mundo."
-> Vamos lá: o que é ser oportunista? O que seria "valer da necessidade dos outros"? Há alguns anos o mercado imobiliário no auge e quase sem pedreiro disponível, o salário foi lá em cima. É oportunismo dos pedreiros ou para empregadores tudo bem e se torna oportunismo quando é o empregador a pagar menos?

Repetindo: Se não é proibido, é permitido. continuar lendo

Sua comparação meu caro não faz sentido:

"-> Vamos lá: o que é ser oportunista? O que seria" valer da necessidade dos outros "? Há alguns anos o mercado imobiliário no auge e quase sem pedreiro disponível, o salário foi lá em cima. É oportunismo dos pedreiros ou para empregadores tudo bem e se torna oportunismo quando é o empregador a pagar menos?"

Ora os pedreiros estão lá com a finalidade de mostrarem seus corpos, como objetos? Não, então essa sua comparação é um absurdo e já cai por terra.

"O seu primeiro parágrafo não faz sentido, pois já é proibido estimular o suicídio (e como citei acima, se não é proibido, então é permitido)."

Certo, então a empresa pode abolir esse tipo de "contratação" dessas mulheres por justamente não se aplicarem no momento atual da sociedade, com o desenvolvimento, logo, pode sim a fórmula um barrar esse tipo de absurdez, e acredito que o tribunal irã dar carta branca, afinal é mesmo uma exposição do corpo, tratamento como objeto, e não é passivo de uma sociedade que se diz no século XXI. continuar lendo

Indo além Edu, basta ler o comentário de Cristina Morais que esta bem clara lá a resposta. Principalmente nesse trecho:

"Ao contrário do mundo da moda, elas não têm que ser altas e magras. Têm que ser bonitas e, desculpe a grosseria, mas por falta de palavra melhor pra descrever," gostosas ". Um atrativo à parte ao público masculino. Simples assim. E é isso que é ofensivo. Institucionalizar a sexualidade feminina, como se ela servisse exclusivamente à lascívia masculina". continuar lendo

Ela não só pode como deve fazer as escolhas de sua vida. Mas o empregador também é livre para escolher o que quer contratar, a imagem que pretende passar do seu "produto". Então a Liberty Media tem todo o direito do mundo de decidir se quer ou não contratar esse tipo de "recurso". Todos nós sempre temos uma escolha. E cada um de nós escolhe de acordo com seus princípios. continuar lendo

Exatamente Cristina, a pergunta é se a decisão foi comercial ou por pressão do politicamente correto, como vem acontecendo ultimamente. continuar lendo

Histerismos à parte, acho válido sim o conceito. Fórmula 1 ou qualquer esporte não é o mundo da moda. Aliás, ao contrário do que se pensa, no mundo da moda, as modelos não são escolhidas pela beleza mas pelo porte físico. Elas tem que ser altas e magras. Simples assim. Olhem bem pra cara delas e fica claro que muitas chegam a ser feias mesmo. Estou falando isso como opinião pessoal a respeito de alguns comentários que li aqui. E por que modelos têm que ser altas e magras? Porque nesse tipo físico, qualquer roupa cai bem. É como pendurar a roupa em um cabide, literalmente. Não dá pra ficar testando os modelos dos estilistas em cada uma até achar aquela que vai ficar bem com esse ou aquele modelito. Isso cabe ao bom senso da consumidora final, na hora de ir às compras. Voltando ao "grid", é óbvio que as "grid girls" são usadas como objetos sexuais sim. Ao contrário do mundo da moda, elas não têm que ser altas e magras. Têm que ser bonitas e, desculpe a grosseria, mas por falta de palavra melhor pra descrever, "gostosas". Um atrativo à parte ao público masculino. Simples assim. E é isso que é ofensivo. Institucionalizar a sexualidade feminina, como se ela servisse exclusivamente à lascívia masculina. Está lá, disponível para "quem quiser". Isso é ofensivo sim. A mulher tem que se dar o valor e direcionar sua sexualidade ao par que ela mesma escolher, àquele sujeito específico que na festa, no bar, etc, lhe chamou a atenção, um bom candidato a namorado, marido, ou aventura de um dia, não importa, desde que a aproximação tenha acontecido numa via de mão dupla, num flerte legítimo, numa paquera bacana. Isso é vida. Isso é escolha. Estar sensualizando na vitrine dos grids para qualquer um é o oposto disso e sim, passa a imagem errada. Eu achei legal que tenham banido essa coisa. Opinião minha, claro. Sub judice. continuar lendo

Primeiro é necessário entender o motivo de se utilizarem mulheres super atraentes para fazer propaganda, que não tem a ver com "servir a lascívia masculina".
Existe todo um estudo de como a propaganda é recebida e como ativar áreas do cérebro para estimular a compra, melhorar a aceitação de estímulos, causar emoções, atrelar boas emoções e sensações ao produto ou marca...
De certa forma, o trabalho de modelo é ser objetificado. Pela lógica deveria então acabar com esse tipo de emprego. continuar lendo

Vitor K, concordo demais com você. Até os bebês ficam calmos só de olhar imagens bonitas na TV (vídeo) e sim, cientistas já fizeram a pesquisa. De rostos humanos belos a paisagens e animais fofos, os bebês se acalmam para admirar. Então sim, nosso cérebro é treinado para duas coisas: buscar rostos humanos (outra teoria) e buscar beleza de um modo geral (teoria da qual tratamos). Então é válido que os garotos e garotas propaganda de produtos e serviços tenham um aspecto agradável aos sentidos. Li outro dia que uma senhora reclamou numa agência de turismo que não conseguiu admirar a paisagem do passeio porque o guia era "feio" e a "cara feia dele" tirou a concentração dela. Coitado do cara, mas pode acontecer. Fazer o quê. Que venham os defensores dos feios, mas estamos falando aqui de estatísticas e os números não mentem. A minha opinião das grid girls nada tem a ver com nada disso. O "produto" Formula 1 se vende sozinho. Afinal, é um esporte. Os astros podem, como em qualquer esporte, até serem horríveis e temos alguns espécimes nacionais aqui para confirmar. A presença de garotas bonitas em roupas sensuais nesse ambiente tem uma conotação de apelo sexista. Então porque elas não usam macacão ou calça jeans com camisas polo? Por exemplo? Hummmm... Outro aí em baixo disse que se não é proibido é permitido, ou seja, se não tem lei que proiba a presença delas então é permitido a presença delas. Concordo também. Mas também não é porque é permitido que a coisa se torna obrigatória. O empregador tem uma escolha. E mantenho minha opinião: a escolha em não usar esse tipo de apelação foi boa. E, só pra constar: pode não ser proibido por lei, mas na minha casa seria proibido. Da forma como fui criada, com amor próprio e estudo para garantir um futuro digno, meu pai jamais aprovaria que eu fizesse a "escolha" desse tipo de "trabalho". Moralmente falando a questão é sim controvertida e foi isso que motivou a decisão igualmente controvertida em se banir as ditas cujas. continuar lendo

Bem, em seu comentário você está apenas colocando sua visão de como as mulheres bonitas deveriam portar-se e de como, no seu mundo ideal, deveria ser a interação entre homens e mulheres. A opinião é uma coisa inofensiva por que a aceita quem quer.

No entanto, o que estamos presenciando atualmente é o total cerceamento da liberdade das próprias mulheres, por parte de um Estado-Babá e de uma iniciativa privada coagida pela histeria de movimentos sociais autoritarios e intolerantes. Elas estão sendo obrigadas a trabalhar como grid girls? Elas trabalham de graça? Em algum momento essas moças foram ouvidas pelos patrocinadores e pela direção do evento? A opinião delas chegou a ser levada em consideração antes da decisão?

Provavelmente, muitas dessa meninas conseguiram trabalhos melhores depois de terem sido "descobertas" durante uma competição. Provavelmente, algumas delas estavam precisando muito desse dinheiro, que é licito e honesto. E não, elas não são "objetos sexuais"! Não, elas não estão lá "para quem quiser"...! Não, elas não tem de prestar nenhuma espécie de serviço sexual para o público ou para os profissionais desse esporte.

Quando você afirma isso, você está rebaixando e desvalorizando todas essas meninas e menosprezando sua capacidade de pensar e decidir. Não consigo pensar em nada mais "machista" e desrespeitoso. continuar lendo

De certa forma é um modo de se ditar regras, querendo que tal profissão deixe de atuar ou que deva se vestir como tal.
A razão delas usarem macacões a vácuo é justamente atrair olhares, já que os homens são majoritariamente visuais, e uma mulher "gostosa" meio que os hipnotiza. Dessa forma fica fácil de associar uma emoção agradável a uma marca. Funciona mais ou menos como um artista famoso fazendo propaganda. continuar lendo

A maioria das modelos são muito bonitas e as únicas que precisam ser altas e magras são as de passarela. Ana Paula Arósio era modelo e justamente pela beleza.
Sem contar que a indústria da moda é perversa, pois levam mulheres à anorexia propositadamente.
O que fizeram foi apenas tirarem o direito de escolha delas sem as ouvirem, afinal as feministas viraram as donas da razão. continuar lendo

Uma única pegunta: alguém as obrigou, mediante coação física ou moral irresistível, a adotar a profissão/ocupação de grid-girls? continuar lendo